top of page
  • Foto do escritorPr. Adelcio Ferreira

Aquele que põe a mão no arado e olha para trás



Jesus eu quero te seguir.

Ainda outro disse: Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e me despedir da minha família. *Jesus respondeu*: Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus. *Lucas 9. 61-62*.

Obra de Deus é renuncia declarada. Como dizia meu pastor, ou se entrega ou vive comendo nas bordas. Ou a obra me consome, ou meus desejos afloram, e consome meu chamado, minha vida com Deus. Nós temos vivido tempos difíceis de interpretação bíblica, onde uns versos como esses não faz mais parte da vida de um seguidor de Cristo.


Eu aprendi a avaliar cada situação, pessoas, ou coisas pela sua manifestação. E, é assim que classifico minhas decisões. Lucas descreve dois casos e um primeiro caso, existe outro dos seus discípulos que também deseja segui-lo mas, primeiro deseja sepultar seu pai. Jesus proclama a urgência do se evangelizar, de aproveitar as oportunidades: Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; *você, porém, vá e proclame o Reino de Deus*. Lucas 9:60. Quando escolhemos o ministério Jesus quer nos dizer o seguinte. O ar que respiro, tem que envolver o ministério, tem que estar voltado ao evangelho, a ganhar almas para Reino de Deus.


Quando minha mãe foi levada para Glória, a primeira coisa que cheguei em casa e disse a minha esposa, foi que, se tivesse culto hoje ainda dava tempo de fazer. A prioridade é Reino de Deus, alimentar os rebanhos do Senhor. Quando isso nos consome tudo o mais se torna secundário, e sem valor algum. Paulo se refere a isso como. *O viver é Cristo*. Porem esse primeiro seguidor diz algo que a luz do judaísmo seria algo normal, apesar de ¨alguns líderes midiáticos¨ quererem enfatizar demora, não tinha demora, e ainda não tem. Como é sepultamento no judaísmo atual: Quando se proclama a morte de um judeu, a primeira providência da família é comunicar o *Chevra Kadisha*. Um grupo de pessoas (santas) que orientam e organizam o funeral explica o rabino Pablo Berman.


A preparação do corpo é conhecida como *Tahara*, o momento de purificação. Um banho com água pura é feito cuidadosamente pelo grupo, enquanto orações são recitadas pedindo perdão em nome do falecido pelos possíveis pecados cometidos em vida. Tudo é realizado no cemitério israelita, em um local reservado. A luz de Eclesiastes 12.7, tudo isso é feito, assim como também é realizado no nascimento de uma criança nesse mundo. Assim, como a criança e banhada e pura, também seus mortos se tornarão, dentro da doutrina judaica.

Ao fim do banho ritual, o falecido é vestido com o *Tachrichim*, roupas brancas, com camisa, calça e luvas, que representam a neutralidade com que a alma irá se encontrar com o Criador, segundo a tradição judaica.


Uma vez o caixão fechado ou o corpo enrolado em um pano branco e ocorre um *breve velório*, nada demorado como dizem por ai nas redes sociais envolvendo o emocionalíssimo humano. Orações fúnebres são recitadas em hebraico. Em seguida, sete parentes enlutados rasgam um pedaço da própria roupa em alusão ao coração dilacerado pela perda. Pela lei judaica, o corpo deve ser sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo dia da morte.

Aqui cabe um cuidado, com os pontos de enrolação ouvidas na internet e recitada em seus púlpitos, por falta de averiguação. Muitos tem escolhido o caminho ministerial, como foi dito acima, porém na realidade, Deus precisa separar pessoas para esse caminho. Só assim entenderemos a real função, e a honra de estar onde Deus quer, e como Ele deseja. O que certamente não foi entendido por esse que desejava o ministério. Quando jesus diz, deixa os mortos sepultar seus mortos, quanto a você vem e me segue, Jesus quer indicar a prioridade, que claramente será explicada na segunda fala de Lucas acerca de alguém que deseja estar presente no ministério. Ou no anúncio do Reino de Deus.


O segundo caso é semelhante ao primeiro, porém traz os compromissos familiares e não uma morte de algum parente ou pai, mãe, filhos. *Ainda outro disse*: Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro voltar e me despedir da minha família. Lucas 9:61. Essa foi a condição exposta pelo segundo pretendente a seguir Jesus. Analisando o primeiro caso, vemos que ou é, ou não é. Deus não aceita meia rendição, ou é dele, ou não é dele. Aqui pressupõe, o mesmo conceito, só que de uma perspectiva diferente. Um ângulo diferente de rejeição à entrega imediata.


O tropeço aqui é a família. Prioridade, empecilho, ou como você quiser chamar. Por muitos anos nós ouvimos e ainda temos ouvido alguém dizendo. Primeiro Deus, depois família, depois a obra de Deus. Essa é a regra áurea de qualquer seminarista que conheci até os dias de hoje, e de líderes que sempre contradigo, e sempre fiz diferente com minha oposição. Primeiro Deus, Igreja ou Obra de Deus, e família. Esse é meu direcionamento pessoal. Ah mais a escritura diz isso, e diz aquilo (1 Tm 3).

Paulo se refere ao governo desordenado da casa. E isso em momento algum, a Escritura está dizendo que a ordem deve ser (Deus, família e obra de Deus). A Escritura de Paulo diz, que se alguém não governa a própria casa (casa em desordem é casa de ímpios, obreiros fraudulentos, falsos apóstolos), essa é a margem de ideia do texto, não deve também governar a Igreja de Deus. Se Paulo argumenta a necessidade de família vir antes da obra de Deus, ou do reino de Deus, a Escritura de Paulo, contradiz a de Lucas que afirma Jesus ter dito que o Reino de Deus é mais importante. Contradiz também a Escritura de Mateus onde Jesus diz: E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna. Mateus 19:29. O que acontece com muitos é que a expressão deixar, é julgada como abandono, e não é isso que a bíblia diz. Deixar, ou tiver deixado, não significa abandonar, mais sim prioridade. Veja (aphíēmi (af-ee'-ay-mee) = a fim de ir para outro lugar) encontramos também essa palavra em Mateus 4:20. Então, eles *deixaram* imediatamente as redes e o seguiram.


Até por que sair de casa sem consentimento dos pais, ou abandonar o lar antes da hora no conceito judaico era uma rebelião. Jesus não ensinaria isso. Não seria então um ensino a rebelar-se, abandonar, ou deixar família, mas os que já haviam deixado, ou deixariam depois seus familiares pelo propósito missionário da obra de Deus. Então assim a obra seria prioridade na vida de um chamado(a) por Deus.


A Escritura diz: Ninguém que põe a mão no arado e *olha para trás* é apto para o Reino de Deus. Lucas 9:62. A palavra olhar para trás aqui é usada, para contra argumentar o desejo de um seguidor de Jesus, Despedir de sua família. Essa é a questão, que poderia ser um impedimento, uma dor de perca, ou até mesmo um empecilho para a fé do seguidor de Cristo. Largar tudo pelo Reino, pôr a mão no arado e não olhar para trás. Quanta gente tem sido assim precipitada nessa Palavra: quero ser um pastor, tem um chamado de Deus, vou ser um obreiro, Deus me chamou para tal e tal função na obra de dEle. As benéficas dos milagres, da multidão, dos benefícios de serem reconhecidos por estar junto a Jesus, causou motivações, desejos vindo pelo sucesso, pelas ânsia de serem vistos etc.


Porém, para ser o que Deus deseja que você e eu sejamos tem um preço ainda a se pagar. É muito simples pegar algo pronto e desejar mudar o que está pronto, pensando já saber o que deve ser feito, ou até mesmo comer o prato predileto quando alguém prepara ele para nós. Difícil é ir sonhando que está comendo a medida que preparamos o próprio prato predileto. Temos que comprar, esperar na fila as vezes de um mercado com as coisas no carrinho de compras, carregar até nossa residência, lavar, temperar, cozinhar, por a mesa, e depois comer. Seria muito mais fácil se pudéssemos já saborear o que está pronto. Nesse mundo até podemos, porém no Reino de Deus não. Cada um terá seu preço a pagar por aquilo que deseja comer, por aquilo que deseja colher. Primeiro tem que semear.

Creio que é nesse ponto que Jesus meche no coração bagunçado desse segundo obreiro. Havia ainda prioridades, como assim o primeiro, então não era ainda tempo de seguir, quem não tinha prioridades aqui nessa terra, a não ser a implantação do Reino de Deus. Tanto o primeiro como o segundo pedido não foi aceito e continua não sendo aceito por Deus tais exigências para servi-lo.


Antes de pôr as mãos no arado, devemos pesar nossas prioridades na balança de Deus. É muito simples e fácil expressar: Deus eu te amo, Deus por ti darei minha vida e outras palavras bonitas, que até aprecio e digo que devamos dizê-las a Deus. Mas, não confunda isso com ministério, ou dirigir a igreja do Senhor. O primeiro que isso desejou fazer, dirigir as igreja, primeiro teve um preço, terminou numa CRUZ.

E Ele mesmo, depois de pagar o preço, disse assim: E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Lucas 9:23-24. Qualquer hora que tiver uma iluminação divina dessa Palavra te explico o que é *negar-se a si mesmo*.


As vezes e quase sempre alguém vai dizer: mais isso não é justo, então não posso isso, não posso aquilo. Estude esse texto com cuidado: Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados. Efésios 4:1. De uns 18 a 20 anos para cá, muita gente não tem ideia do que é um chamado. Quando saí para missões com uma mala de roupas, e indo para um lugar que Deus me vocacionou, deixei família, amigos, irmãos e noiva. Depois de atravessar o jaboque, Deus me mandou de volta buscar minha noiva como esposa e depois a minha mãe como família.


Primeiro é obedecer, depois a benção se Deus quiser...Virá.

Em cristo, no amor dele...


Pr. Adélcio Ferreira - IBPMG

Para maior edificação assista essa playlist: O episcopado

86 visualizações0 comentário
Post: Blog2_Post
bottom of page